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Postado em 29 de Maio às 17h06

Plano Safra tem execução lenta e preocupa o setor produtivo

Apesar de ser tratado como motor da economia nacional, o agronegócio brasileiro enfrenta um momento de contraste entre discurso e realidade. Mesmo com a divulgação do “maior Plano Safra da história”, os repasses efetivos até abril de 2025 somaram apenas R$ 298,6 bilhões dos R$ 400,6 bilhões previstos — cerca de 61% do total. O valor representa uma queda de 20% em relação à safra anterior, indicando um enfraquecimento do principal mecanismo de apoio ao setor.

Além disso, produtores têm recorrido majoritariamente ao crédito privado, que hoje representa 40% do financiamento agrícola, conforme dados da ANDAV. Com juros que chegam a 35% ao ano, essa dependência evidencia a fragilidade do setor diante da baixa participação dos bancos públicos, responsáveis por apenas 7% do crédito rural. Isso favorece práticas prejudiciais, como a venda casada.

A dificuldade de acesso ao crédito também é confirmada por pesquisa da CNA e do Senar: mais de 38% dos produtores nunca obtiveram financiamento, e apenas 26,6% conseguiram em 2020. Burocracia, lentidão, garantias excessivas e critérios desajustados à realidade do campo estão entre os principais obstáculos.

Embora metade dos recursos liberados venha de linhas com juros reduzidos, a concentração e a lentidão na distribuição persistem. Programas como o Prodecoop ainda têm recursos disponíveis, mas outros, como o Pronamp, estão perto do limite, o que compromete o planejamento das safras e pode impactar a produção.

O agro brasileiro, portanto, segue em situação delicada. Sem acesso facilitado ao crédito, o setor perde força para inovar, crescer e garantir segurança alimentar. O desafio é reestruturar o modelo atual, democratizar o financiamento e resgatar o papel do Estado como agente promotor do desenvolvimento agrícola.
 

Fonte de pesquisa: noticiasagricolas.com.br

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